Produção de filmes na América Central

Produção de filmes na América Central

 

Por Octavio Getino*

Referir-se à existência de um cinema latino-americano é recorrer a um termo generalizante que nos ajuda a delimitar o vasto território do qual trataremos; da mesma forma como quando falamos de cinema europeu. Em ambos os casos, referimo-nos a cinematografias diversas e assimétricas, unidas somente pelo fato de serem produzidas num mesmo espaço continental. No entanto, no caso das cinematografias de origem latino-americana, as afinidades são muito maiores, porque representam aquelas originadas em culturas e línguas muito semelhantes entre si, articuladas por uma história mais ou menos compartilhada e por projetos nacionais, apesar de tudo, comuns.

Ainda assim, considerando as defasagens existentes na questão do desenvolvimento industrial, capacidades produtivas, mercados locais e internacionais, políticas e legislações de incentivo e contextos econômicos e socioculturais, seria mais adequado referir-se ao conceito de cinematografias latino-americanas, pois o uso do plural expressa com maior exatidão a multiplicidade de situações em que se encontra o cinema na América Latina.

Afirma-se que, dentre os cerca de 12.500 filmes produzidos de 1930 a 2000, na América Latina, 5.500 correspondiam ao México (45% do total), 3.000 ao Brasil (25%) e 2.500 à Argentina (20%). Deste modo, 90% da produção de filmes em uma região com mais de 400 milhões de habitantes concentrou-se em apenas três nações, correspondendo os 10% restantes a mais de vinte países e, de modo particular, apenas aos que decidiram desenvolver políticas para a própria produção industrial de imagens. Nos países onde não foi implantada uma legislação protecionista específica, não houve produção local, salvo como fato isolado ou excepcional. (…)

Experiências nacionais na América Central

Uma breve descrição, por país, da situação atual das indústrias e atividades cinematográficas, do istmo centro-americano e Caribe, permite observar o seguinte:

Guatemala

O território guatemalteco, disputado durante anos pelas companhias norte-americanas dedicadas à exploração de banana e à mineração, conta com pouco mais de 11 milhões de habitantes e enfrentou entre 35 e 40 anos de guerras internas permanentes. O país não possui nenhum tipo de política nem de legislação cinematográfica. No entanto, teve, em alguns momentos, particularmente entre os anos 1950 e 70, uma produção relativamente estável, com aproximadamente 20 longas-metragens realizados durante esse período.

A partir dos anos 1960, com o patrocínio da estatal mexicana Pelimex, iniciou-se uma linha de produções de estilo claramente comercial, mantidas com técnicos, assistentes e atores mexicanos. Cenários locais, como a cidade de La Antigua, serviram de platô para que diretores mexicanos como Miguel Contreras Torres e Ismael Rodríguez realizassem algumas de suas obras, cujos títulos indicam o tipo de produção que interessava à Pelimex (Alma llanera, Pecado, Trampa para una niña etc.).

A primeira instituição de apoio ao cinema foi criada em 1968. Trata-se da Asociación Pro Arte Cinematográfica Guatemalteco, cujo principal objetivo era estabelecer uma indústria voltada à produção de cinema nacional. Também durante esses anos, e no contexto das mobilizações populares que aconteciam em alguns países da região, jovens ex-membros da Universidade de San Carlos produziram documentários de caráter político e militante, a maioria em formato super-8, destinados à difusão entre grupos políticos e sociais.

Outros realizadores, como Justo Chang e Luis Argueta, que haviam estudado em universidades norte-americanas, voltaram ao país, nos anos 1970, experimentando diversas linhas de produção e orientados principalmente por critérios culturais e estéticos, como em El triciclo (Luis Argueta, 1974), e em No se responde por objetos olvidados (Justo Chang, 1978), (ARIAS, HURTADO e CAMPANG, s.d. apud HENEBELLE e DAGRÓN, 1981).

Destes autores surgiu, em 1994, uma das realizações mais importantes do cinema guatemalteco: El silencio de Neto, longa-metragem sobre o golpe militar ao governo democrático de Jacobo Arbenz, em 1954. Esse filme obteve prêmios importantes em festivais da Europa e da América Latina.

A violência política e social que assolou o país ao longo das últimas décadas impediu a continuidade de uma atividade relativamente estável no campo da produção cinematográfica, bem como no da cultura em geral, de tal modo que essa atividade se concentra quase exclusivamente no setor publicitário, com quatro agências que dominam o mercado.

No entanto, entre 2002 e 2003, depois de um longo período de clima intimidatório, produziram-se alguns filmes que fizeram reviver a possibilidade de um cinema nacional. Um deles foi Poperopos (2002), de J. Fandos; outro, Por cobrar (2003), de Luis Argueta, feito em vídeo digital. La casa de enfrente (2003), obra-prima de Elías Jiménez, com produção de Casa Comal, conseguiu bater recordes de bilheteria em 2003, mantendo-se em cartaz durante quase quatro meses. O filme, cujo custo total foi de aproximadamente US$ 500 mil, contou com a co-produção de instituições estrangeiras, como a Escola Internacional de Cinema e TV de La Habana, a ONG Hivos da Holanda, o Corpo de Paz Norueguês e a Agência Norueguesa para o Desenvolvimento.

Em 2004, foi lançado Donde acaban los caminos, de Carlos García Agraz, com boa repercussão nas salas de cinema. Outro filme guatemalteco, Lo que soñó Sebastián, de Rodrigo Rey Rosa, inaugurou, no final do mesmo ano, o Festival Icaro de Cine y Video Centroamericano. A primeira edição do festival aconteceu em 1998, como parte do projeto de incentivo ao audiovisual que o Centro Cultural Casa Comal promove desde então, dirigido por Elías Jiménez e Rafael Rosal.

El Salvador

A maior atividade cinematográfica se registrou durante a guerra de libertação empreendida no final dos anos 1970. É o país de menor território entre os países da América Central (apenas 21 mil km²) e o mais densamente povoado (mais de 9 milhões de habitantes). A emergência de atividades produtivas deu-se no gênero documentário, a partir do final da década de 1970 e esteve vinculada ao processo de insurreição popular desenvolvido na época pela Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional (FMLN).

As relações políticas e culturais de interdepêndencia existentes na sub-região facilitaram a realização de um importante conjunto de produções em que cineastas participaram solidariamente e contaram com recursos econômicos e técnicos de países vizinhos ou próximos, como Costa Rica, Cuba, Nicarágua e México.

Para o escritor salvadorenho Roger Lindo, nos anos 1980 o cinema do país esteve a ponto de aparecer com mais força do que nunca na Sala Garbo, de San José de Costa Rica. Com o apoio da Istmo Films (Oscar Castillo, Antonio Iglesias e Samuel Rowinsky), uma equipe multinacional, no contexto solidário de cineastas e intelectuais costarriquenhos, começou a esboçar o primeiro documentário de longa duração sobre a guerra que se travava em El Salvador: El Salvador, o povo vencerá. (…)

A atividade produtiva limitou-se, até os dias atuais, a documentários, curtas-metragens e filmes de tipo institucional, sendo quase excepcionais as experiências dirigidas aos circuitos comerciais tradicionais. (…)

Em 2003, o Conselho de Cultura do país (Concultura) colocou em funcionamento o Certamen Nacional de Vídeo e a Muestra Internacional de Vídeo, com o objetivo de criar as bases para o surgimento de novas gerações de videomakers e cineastas salvadorenhos. Esse evento competitivo e inédito no país abriu uma nova porta para o audiovisual. Pela primeira vez, quatro jovens foram premiados pelas obras produzidas em El Salvador. Em junho de 2006 aconteceu a segunda edição do Certamen que, segundo seus organizadores, superou o primeiro em quantidade e qualidade.

Também em El Salvador, como em outros países do istmo, a existência do Cinergia, fundo para incentivo do audiovisual para América Central e Cuba, é um bom ponto de partida para que as atividades produtivas no setor de audiovisual passem a transformar o istmo em uma região geradora de projetos de maior importância.

Honduras

Com sete milhões de habitantes e sob o tradicional domínio econômico das grandes companhias norte-americanas United Brands e Standard Fruit, vê-se em Honduras a mesma ou similar insuficiência quanto à capacidade produtiva que caracteriza a história dos países do istmo.

A atividade cinematográfica em Honduras sempre esteve condicionada pelo contexto social que, de uma forma ou de outra, contribuiu para determiná-la. Como assinala o escritor hondurenho Eduardo Bähr, não podemos esperar uma produção cinematográfica consistente em um país colonizado, pobre, de pequena dimensão e assentado em uma estrutura econômica social definida pela exploração.

Bähr defende, assim, uma visão parecida com a de Sami Kafati, o prolífico realizador desse país, quando se referia que fazer cinema de expressão em Honduras era uma pretensão de loucos, o que não lhe impediu de trabalhar uma e outra vez a favor de um cinema nacional. (…)

Na década de 1970, sob o lema de “empurrar o país para frente”, o governo militar tentou romper o velho sistema feudal para dar espaço a um capitalismo nacional, que se frustrou em seguida, mas que nesse período permitiu elaborar um Plano Nacional de Desenvolvimento, estimular a reforma agrária, nacionalizar portos e ferrovias e explorar florestas, ao mesmo tempo em que expropriava algumas terras das transnacionais bananeiras. Foram anos de auge “nacionalista” em que o governo decidiu criar um Ministério de Cultura, além de um Departamento de Cinema dependente desse ministério.

A produção cinematográfica cresceu nessa década como resultado da política estatal de fomento. Antes da criação do Departamento de Cinema, apenas Sami Kafati havia feito cinema. Com a criação desse organismo, Kafati e outros novos diretores deram vida a um projeto cinematográfico hondurenho, particularmente a partir de 1976, quando os cineastas acompanham o projeto de mudança nacional produzindo documentários educativos e de promoção social, a maior parte deles dirigidos por Kafati (MURILO, s.d. apud HENNEBELLE e DAGRÓN, 1981).

Os anos 1980, com a chegada de Ronald Reagan ao poder nos Estados Unidos, transformaram Honduras na principal base de operações da Contra Nicaragüense e o exército norte-americano realizava ali seus treinamentos em troca de uma ajuda financeira de mais de um bilhão de dólares. A produção estatal decaiu até quase desaparecer.

Nos últimos anos, a atividade produtiva tem se concentrado em audiovisuais publicitários ou institucionais, a maioria rodada em vídeo ou cinema digital, sem experiências significativas em longa-metragem. Houve, no entanto, produções esporádicas, como Almas de la medianoche (2002), de Juan Carlos Fanconi. Seu financiamento foi obtido com o êxito no mercado local, pois ficou três meses em cartaz. Isso permitiu que Fanconi enfrentasse um novo projeto em 2004, El Xendra, uma co-produção com outros países da América Central.

Por sua parte, em 2003, o realizador Hispano Durón concluiu Anita, la cazadora de insectos, que representou o cinema hondurenho no Encontro de Cinema Latinoamericano, do Festival de Toulouse daquele ano.

Nicarágua

Um relatório realizado pelo então diretor de cinematografia da Nicarágua, depois da derrota da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), explicava nos seguintes termos a evolução da atividade audiovisual no país:

“No período de 1990 a 1996, desapareceu o Instituto Nicaragüense de Cine e acelerou-se a produção nacional em pequenas empresas individuais, como Luna Film, Toma Uno etc. Atualmente, guardamos documentação histórica do cinema e do audiovisual na Cinemateca Nacional em três coleções (Somoza, Sandino e Chamorro) e difundimos, em sua sala de exibição e em uma associação de cineastas independentes (ANCI – Asociación Nicaragüense de Cinematografía), o cinema que não se pode ver nos circuitos comerciais […] Estamos preparando uma lei de cinema e audiovisual que nos permita promover e aumentar a produção, que se reduziu a documentários, a maioria deles em vídeo”. (VARGAS-RUIZ, 1997)

Na década de 1990, a partir do governo de Violeta Chamorro, o Estado se descomprometeu praticamente de toda gestão em prol da produção nacional de imagens próprias. Naquele momento também havia praticamente desaparecido o setor de exibição: restaram apenas 16 salas das 120 que existiam nos anos 80, transformando-se em igrejas evangélicas, superlojas ou salas de jogo. No início do novo século, surgiram alguns investimentos em novas salas, geralmente em complexos multíplex, como os existentes em outros países da região.

Em 2003, em um cenário de quase total inatividade quanto à produção cinematográfica, uma realizadora nicaragüense, Rossana Lacayo, conseguiu concluir o média-metragem Verdades ocultas, gravado em Betacam, que logo seria apresentado em alguns encontros e festivais locais e internacionais. Essa produção, a exemplo das tentativas que procuram abrir caminho no mesmo sentido – como ocorreu também, em 2000, com Blanco organdi, de María José Alvarez –, indicam a sobrevivência de um projeto cinematográfico nacional que conseguiu superar desencontros e enfrentamentos políticos e socioculturais como os que aconteceram nas duas últimas décadas.

Uma prova disso foram, recentemente, os documentários – e alguns curtas de ficção – das empresas produtoras Camila Films, integrada por Frank Pineda e Florence Jauguey; e Luna Films, de María José Alvarez e Martha Clarissa Hernández. Em ambos os casos, trata-se de uma atividade produtiva quase sistemática, que obteve numerosos prêmios internacionais, como, por exemplo, o Urso de Prata do Festival de Berlim de 1998, dado ao curta-metragem Cinema Alcázar, de Florence Jaguey. Uma das últimas produções de Camila Films, De niña a madre, conseguiu manter-se várias semanas em cartaz nos cinemas locais, apesar de tratar-se de um documentário (CORTÉS, 2005). (…)

Costa Rica

O país figura entre os de menor população (4,5 milhões de habitantes) da sub-região; mas, ao mesmo tempo, conta com o maior desenvolvimento social – foi apelidado de “Suíça da América Central” –, destacando-se também por um comprovado interesse pelo desenvolvimento do audiovisual local. Este foi reforçado a partir da década de 1970, com a implementação de algumas políticas de incentivo estatal; insuficientes, ainda, se considerarmos que, com mais de um século de história do cinema, a produção do país soma apenas cerca de 15 longas-metragens.

Alguns filmes desse último período foram financiados integralmente com capitais nacionais, como é o caso de Mujeres apasionadas, de Maureen Jiménez; Marasmo, de Mauricio Mendiola; e Caribe, de Esteban Ramírez, com atores cubanos, espanhóis e mexicanos. Este último filme obteve o prêmio de melhor direção no Festival Latino-americano de Trieste e quatro prêmios no XXX Festival Ibero-americano de Huelva, além de motivar o interesse do público local (cerca de 60 mil espectadores nos dois primeiros meses de exibição no país).

Nesse contexto, destacam-se grandes iniciativas. Um exemplo é o surgimento, em 2004, das primeiras ações de um ambicioso projeto de integração sub-regional, como o Cinergia. Este projeto surgiu do esforço conjunto de organismos e entidades nacionais, com a cooperação internacional de diferentes fundações, como Hivos, Ford e FNCL. Segundo os responsáveis pela iniciativa, sua finalidade principal é incentivar a produção e a capacitação audiovisual entre os países da América Central e Cuba, objetivo que começou a ser atingido em 2004, com a concessão de um total de US$ 100 mil para ajuda direta a 12 projetos de curtas e longas-metragens, entre os 77 candidatos, e US$ 35 mil para bolsas de capacitação. Algo parecido se previa para 2005, o que coloca esse projeto como uma clara referência para a região e para as políticas de integração sub-regionais.

Por outro lado, como recorda María Lourdes Cortés, a Costa Rica organiza há 13 anos uma mostra nacional de cinema e vídeo, que algumas vezes exibiu a produção da América Central. Além disso, um concurso de vídeo ambiental que integra o Festival Madre Fértil Tierra Nuestra está aberto à produção da América Central e já conta com cinco edições.

Tanto na Costa Rica como na Nicarágua foram criados grêmios que, se ainda não têm peso suficiente, ao menos manifestam uma tentativa de organização e luta pela melhoria das condições de produção do audiovisual. A Asociación Nicaragüense de Cinematografía (ANCI) elaborou um projeto de Lei de Fomento e Promoção da Cinematografia e das Artes Audiovisuais; no entanto, a lei não foi aprovada pelo Congresso. Na Costa Rica, a Cinealianza, Asociación Costarricense de Productores y Realizadores, está redigindo uma legislação adequada às condições atuais. Por sua vez, em 2003, a Universidade Veritas, da Costa Rica, inaugurou a primeira escola de cinema e televisão da região, que também procura abrir-se a toda a América Central (CORTÉS, 2005).

Panamá

É o país menos povoado da sub-região (pouco mais de três milhões de habitantes) e não conta, como a maioria dos países do istmo, com nenhum tipo de política ou legislação destinada ao incentivo da produção cinematográfica nacional. Resgata, no máximo, a tarefa que esteve a cargo dos cineastas do GECU, nos anos 1970, e participou da ratificação do Acuerdo Latinoamericano de Coproducción Cinematográfica, que diversos países ibero-americanos assinaram em Caracas quando se constituiu a Caaci.

Na década de 1990, o Centro de Imagen y Sonido (Cimas), mantido inicialmente com recursos do setor privado, surgiu com o intuito de dar impulso à difusão do cinema ibero-americano e à capacitação de profissionais no setor audiovisual, desenvolvendo ao mesmo tempo atividades de produção em curtas-metragens e documentários.

O primeiro material de ficção, que conseguiu realizar em película, data de 1997. Trata-se do média-metragem El mandado, de Pituka Ortega-Heilbron, rodado em 16 mm e dedicado a denunciar os abusos cometidos contra crianças.

Para a costarriquenha María Lourdes Cortés, é o trabalho mais interessante produzido até o momento pela cinematografia panamenha. Por sua vez, em 2000, Tatiana Solamin rodou uma obra de ficção, Sangre. Pouco depois, Pituka Ortega deu outro passo com o curta-metragem Sacrifictum, preparando-se, em 2004, para concluir um longa-metragem documental sobre a vida do boxeador Roberto “Mano de Piedra” Durán. Joaquín Carrasquilla produziu um longa-metragem em vídeo, La noche, apresentado no circuito de vídeo e em um canal de televisão.

Outros realizadores panamenhos residentes no exterior, formados em realização de documentários e curtas-metragens – alguns com grande êxito em festivais internacionais, como Vigilia (Angel Hepburn), One dollar (Eduardo Herrera) e El plomero (Jonathan Harker) – insinuavam, em 2004, a intenção de regressar ao país, com o que fortaleceriam um projeto audiovisual nacional, se esse fosse respaldado por uma efetiva política de Estado.

*Trecho do artigo de Octavio Getino publicado no volume II – América Latina, da coleção “Cinema no Mundo: Indústria, política e mercado”, uma coedição do Instituto Iniciativa Cultural e Escrituras Editora.

Saiba mais sobre a coleção

Conheça o trabalho do autor

Foto: Cena do filme “Mujeres Apasionadas” (2003), de Maureen Jiménez