Uma criadora engajada

Uma criadora engajada

 

Por Alessandra Meleiro, de Londres

Certa manhã, o funcionário público Harold Crick começa a ouvir uma voz feminina narrando todos os seus pensamentos, sentimentos e ações, com precisão surpreendente. A vida pacata de Harold é então transformada por essa narração que só ele pode ouvir: este é o enredo do filme “Mais Estranho que a Ficção”, que tem estréia prometida para hoje no País.

Ficção e realidade chocam-se quando o personagem Harold, interpretado pelo comediante Will Ferrell, escuta o que a narradora tem em mente e percebe que tem de mudar o final pretendido pela autora (que é o dele próprio). A voz na cabeça de Harold revela ser de Karen Eiffel, ótima atuação de Emma Thompson, uma artista obsessiva e autodestrutiva, que procura desesperadamente encontrar o final de um livro que escreve há dez anos.

A inglesa Emma Thompson, contudo, nada tem de autodestrutiva. Estrelou no cinema em “The Winslow Boy”, de 1988. Mas foi ao escrever o roteiro e protagonizar “Razão e Sensibilidade” (1995), adaptação do romance de Jane Austen para as telas, que alcançou definitivamente o sucesso. O filme ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 1996 e alçou a bela cidadã londrina de cabeleira e olhos claros ao hall das estrelas hollywoodianas de primeira grandeza.

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FONTE

Publicado originalmente em Janeiro/ 2007 no jornal Gazeta Mercantil, Fim de Semana, São Paulo, 12-14/jan., pp. 8