Tecnologia desde a pré-produção

Tecnologia desde a pré-produção

 

Por Alessandra Meleiro

Os produtores brasileiros vêm continuamente implementando iniciativas para aumentar a produtividade de suas atividades, reduzir os tempos das filmagens e diminuir custos. Essas iniciativas freqüentemente estão associadas à criação de uma infra-estrutura tecnológica. O uso de uma ferramenta que auxilie o gerenciamento e a execução dos processos burocráticos de uma produção é uma mão na roda para qualquer tipo de projeto, mas particularmente importante nos casos de produções que usam incentivos fiscais, uma vez que a correta execução e prestação de contas é julgada com relação ao cumprimento do que foi orçado, e que o dinheiro recebido só pode ser gasto dentro dos limites dos itens devidamente aprovados.

O cuidadoso planejamento deve-se também ao fato de não mais haver nas planilhas de orçamento das leis de incentivo do Ministério da Cultura o item “imprevistos”- gastos inesperados em locações, equipamentos etc. Mas, ao planejar projetos com clareza e precisão, o produtor pode responder a demandas inesperadas com grande agilidade. Uma ferramenta muito utilizada por produtores executivos é o Programa de Apresentação de Projetos Culturais do Ministério da Cultura (na versão 2.0.1,  disponibilizada em 1998 e produzida pela Coordenação Geral de Modernização e Informática do Ministério da Cultura).

O programa foi elaborado tendo em vista a padronização dos procedimentos de registro, acompanhamento e controle de projetos culturais inscritos nas leis Rouanet e do Audiovisual. Apesar da boa intenção, esse programa tornou-se uma dor-de-cabeça para produtores, uma vez que não permite integrar processos de administração do projeto já existentes com o programa padrão. Para tentar agilizar a tramitação dos projetos, o programa apresenta uma planilha padrão para o orçamento físico-financeiro (com itens como profissionais, serviços, equipamentos e materiais usualmente previstos em projetos culturais apresentados ao Ministério da Cultura) que não é funcional para o produtor.

Seu uso é difundido porque a planilha que contém o orçamento do projeto é a base para sua aprovação no Ministério da Cultura.

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FONTE

Publicado originalmente em Abril/2004 na Revista Tela Viva, Ano 13, n. 137, São Paulo, Ed. Glasberg, pp. 34-36